segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não quero ♣


Não quero sentir de novo a sensação apaixonada, minhas mãos trêmulas ao ver você entrar
E ao sair, sinto trsiteza. Não quero ver você partir deixando-me aos prantos, caida ao chão
Não sei deixar de amar quando estou amando, mas posso fechar a porta do meu coração para
que não entres
Não quero sentir meu corpo suar ao vê-lo passar, não quero receber ligações suas, não quero ter prazer na sua voz
Não quero sentir saudades, não quero derramar lágrimas por você, não quero que algo lembre momentos vividos ao seu lado
Não quero ver acelerar as batidas do meu coração quando perto de mim estás, ou quando escuto palavras torpes vindas de sua boca,
Não quero delirar nos seus beijos

Não quero ouvir suspiros de amor, não quero obedecer às suas ordens
Não quero amar te desejar...não quero... Não quero você, não quero te ter, embora já posso dizer que o meu querer nada pode querer.



Dani Florêncio

sábado, 20 de novembro de 2010

Frio repentino

Abriu-se a porta. Corre gozando de uma liberdade. Sente em sua pele escorrer o suor salgado, os cabelos dançam ao soprar do vento. -Que frio repentino, pensa. Quem a vê sorrindo imagina a felicidade fazer de sua vida morada, engana-se. Escuta as batidas intensas do traira coração, como o odeia, se pudesse nem seguiria seus conselhos, andaria leve como a brisa sem ao menos estar presa nesse vermelho sangue.
-Esperançaaa! -Ao longe gritam seu nome, mas continua a andar no frio agoniante, livre...Simplesmente liberta. Não sabe onde parar, não sabe como parar, não sabe...Não quer parar. A liberdade a envolve num só ritmo e ela contagiada continua dançando. Ouve-se prantos ao fundo, mas a felicidade fez-se presente, como escapulir de suas mãos? Vê uma luz. -Será o Sol?-imagina coisas vãs, não pensa em mais nada, a não ser, desfrutar da tão esperada hora, a hora em que brilha, a hora em que deleita no lençõis tranquilos, a hora em que torna-se lembrada, em que todos reconhecem seu nome e chamam, suplicam por ela...A hora em que a partida acontece, e ela feliz da vida liberta-se...livre, livre...

Dani Florêncio

Eterno amor fraterno


Sempre existirá, persistirá
Dentro dessa banalidade de existir
Jamais deixará num passe de mágicas
Um interior apaixonado


Será que sempre será
Fraterno?
Será que sempre será
Eterno?
Será que sempre
Existirá?

Eu tentei, relutei
mas você continua aqui
Constante e infinito
Pode o céu escurecer
Pode a chuva cair
Pode o tempo passar
E você aqui
Nesse eterno amor fraterno


Dani Florêncio

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

♥O meu amado está a porta♥

Como noiva adornada estou deitada , já despida, já lavada, cheirosa exalando mirra por todo o quarto, quando de repente ouço baterem á porta, mal podia esperar, o meu amado, aquele que tanto conquista meu coração, aquele que é lindo com seu andar que me entontece envolvendo no balançar de seu ser, está a me chamar, pois reconheço sua voz suave, portanto não quero tornar a sujar-me, não quero vestir-me novamente, e nesse conflito, aqueço meu pensamento, levanto-me e sigo até a porta, abro-a... Mas... Não o encontro, se foi sem ao menos despedir, apenas restara o doce perfume escorrendo na maçaneta.
Amado meu, quero tanto te ver, gostaria de tocar-te novamente, desesperada estou por seus beijos, ansiosa para olhar em seus olhos e dizer o quanto o amo com toda intensidade, saio à procura daquele que me faz bem, mas como não estive ao seu lado, os guardas que cercavam a cidade espancaram-me, agora encontro-me ferida, ferida por tanto te amar, ouça meu gemido de louco desejo por ti, e digo aos que observam-me :"se encontrarem meu amado, digam que estou aqui, sangrando de tanto amor."


Obs: Adaptação do texto Bíblico de Cantares 5



Dani Florêncio

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Só uma vez, uma única vez!

Esse pobre coração amargurado sente em sua pele um frio intenso e árido, tomar decisões, apagar um passado que querendo ou não, sempre ficará marcado, pois foi escrito pela senhora liberdade, ou será libertinagem? Gostaria de conhecer o futuro que tanto amendronta-me com seu olhar devasso, mas poderei conhecê-lo somente se viver o presente, o agora...Algo tão difícil. Juventude libertina, devasta-me com seus delírios de intenso êxtase de prazer.
Regras, princípios, será que as conheço? Se não conhecê-las nem quero fazê-lo, mas se a tal, me perdi no pecado carnal, e todo pecado envolve-nos de uma maneira enusitada, atraindo-nos à um abismo profundo de tristeza e solidão.
Sai de mim devassidão, você não me pertence, deixa-me sorrir novamente, deixa-me quebrar as regras apenas uma vez na vida, sendo que a todo tempo as segui amante da obediência, quero somente uma vez sentir-me livre dos grilhões que apertam meu pobre coração, quero liberdade, pois somente com a tal, essas cadeias me deixarão, só uma vez, uma única vez.


Dani Florêncio