quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Incompatibilidade de nós dois


A banalidade de meus pensamentos, faz lembrar-me que um dia te quis, e isso, com todas as minhas forças, mas esta perdeu-se em sofrer e vagar , e vagando, foi que descobriu uma incompatibilidade entre nós. Não há mais como ter-te em minha vida, participando de meus planos, pois você foi quem os destruiu, roubou-os de mim mesma, deixando-me inerte e imóvel, esperando sem esperança.
Fui frágil ao tentar controlar-me diante de tantas adversidades vividas vendo-o chorar, mas não consigo consolar-te, pois você me esqueceu quando precisei, me prendeu em seus sonhos, sufocou-me, agora me vejo livre de tudo isso , dessa efemeridade; posso cantar, saltar , pular, viver, e viver é compatível com meu modo de ser.

Dani Florêncio

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Chuva seródia

Chuva seródia caindo lá fora, transmitindo à mim uma paixão ilusória, que somente verei e terei refletida em cada gota, não sei de água, não sei de lágrima; embora eu queira correr, voar, saltar para fora de mim mesma, devo acalentar-me em uma "bolha" solitária, vivendo cada vão momento.
Vozes gritam dentro de um coração aflito, mas a voz se cala sem ao menos escutar um suspiro,dormi, simplesmente morri...Alguém pode ouvir-me? Minha voz se esvaira diante do vasto mundo, recheados de mentiras, enganos, máscaras, insistindo em fazer-me esquecida.
Bem sei ser o erro na perfeição, e essa solidão que me angustia, gostaria de trasportá-la para longe, todavia visita-me a cada amanhecer, seja de dias claros, sol a raiar, ou de nuvens negras chorando ao me ver chorar.


Dani Florêncio

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Roubou-me *O*


Você roubou meu sorriso
A alegria passageira
Você roubou os pensamentos, sentimentos
Você tomou pra si a minha dor

Você roubou o vocabulário
Você simplesmente me amou
Com toda força, intensidade
Você roubou meu prazer de estar

Você foi ladrão
Roubou-me de mim mesma
Roubou meu querer
Roubou simplesmente o meu ser.


Dani Florêncio

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tantos meios


Tantos meios para esconder-me de um presente inevitável, meios talvez que não são decifráveis, caminhos nunca antes percorridos, mas que querem levar-me à um vale de escuridão, serei então, guiada pelo coração, mas será um excelente guia, ou decepção? Dores, perdas, minha carência pedindo colo,alguém talvez que console, que gema, que chore...Procuro-o em toda parte, mas não o encontro,simplesmente perdeu-se de meus controles.
Todo perigo bate á porta, mas este que persegue-me a arrombou, entrou sem permissão, sem ao menos pedir, sei que seria vão, mas pedisse, implorasse, me sentiria mais importante, de um valor inestimável, mas roubou meus preciosos pensamentos, como possso esquecer momentos vividos tão intensamentes, pequenos momentos bem sei, mas intensos, fortes?
Me acalento em seu sorriso, no brilho dos seus olhos, enxergo-me dentro de ti, lapidada como ouro que ao passar pelo fogo ardente purifica-se tornando-o brilhante como luz resplandecente, mas são tantos meios de entender sentimentos, tantos meios que do meu ser chegam ao seu, tantos meios que nem sei decifrá-los,tantos meios que me perco em pensar.

Dani Florêncio

*Burro coração*




Coração maldito
Coração Valente
Coração cansado
Coração doente

Coração que chora
Coração que canta
Coração implora
Coração encanta

Coração vazio
Cheio de esperança
Coração tão seco
Coração criança

Simplesmente coração
Vagando só
Triste a pensar
Como posso ser tão burro
Amando te amar?


Dani Florêncio

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tragédia



Trem desgovernado, no meio da madrugada, levou consigo tantas vidas desiludidas, que carregavam esperanças da volta ao lar, dos abraços apertados, dos beijos com sabor de mel, mas sairam da rotina, mobilizando o povo brasileiro com suas "mudanças de percursos". Motoristas em choque , cidadãos aterrorizados e o sofrimento pairando sobre a "Princesa Tecelã". Tragédia, tragédia! Gritam moradores desesperados, repórteres pesquisando a desgraça alheia, fotógrafos retratando uma catástrofe que marcará a vida de todos dessa sociedade absurda, morta, mediocre, que dormiu consequentemente para todo o sempre.
Até quando povo americanense continuarão hibernando, quando deveriam estar ativos para a vida? Até quando vão permitir a colheita tão trágica de vidas que poderiam estar aqui no meio de nós? Desperte, pois as vidas destruídas não podem mais clamar.



Dani Florêncio